Março chega e, com ele, os discursos prontos sobre o Dia Internacional da Mulher. Empresas, federações, clubes e marcas estampam frases como “O lugar da mulher é onde ela quiser”, exaltam atletas e profissionais do esporte e enchem as redes sociais com campanhas de empoderamento. Mas, na última onda de homenagens, a pergunta que fica é: como as mulheres estão realmente ocupando esses espaços com autonomia e oportunidades reais?
No futebol – e em tantas outras áreas – a resposta ainda é não.
Nos últimos anos, o futebol feminino cresceu em visibilidade e engajamento, mas seguiu enfrentando barreiras estruturais. Muitas organizações falam sobre diversidade, criam ações pontuais e promovem mulheres, mas sem dar a elas autonomia real para liderar e tomar decisões. É o famoso “te colocamos aqui, mas quem manda ainda somos nós”. Esse aspecto, chamado de tokenismo, ocorre quando mulheres são inseridas em cargas estratégicas apenas para cumprir cotas ou melhorar a imagem da instituição, sem que tenham de fato poder para mudar estruturas e promover avanços.
É fácil encontrar exemplos desse tipo de inclusão superficial no futebol. As mulheres são contratadas para cargas de gestão, mas têm seus orçamentos limitados, suas decisões são frequentemente contestadas e suas vozes abafadas. São convidadas para compor mesas-redondas e comitês, mas sem espaço para questionar ou propor mudanças reais. São exaltadas nas campanhas publicitárias, mas recebem menos que seus colegas homens e enfrentam resistência para ocupar cargos de poder.
O Desafio da Liderança Feminina no Futebol
O número de mulheres em cargos de liderança no futebol ainda é alarmantemente baixo. Poucas são presidentes de clubes, diretores de federações ou CEOs de grandes organizações esportivas. Quando conseguem chegar a essas posições, muitas vezes enfrentam desafios adicionais: é preciso provar constantemente sua competência, enquanto seus colegas homens são automaticamente reconhecidos como autoridades no assunto.
Além disso, a cultura machista que ainda permite o esporte impõe obstáculos extras. Mulheres líderes no futebol frequentemente relatam dificuldades em serem ouvidas em reuniões, resistência à implementação de suas ideias e até sabotagem velada. Isso sem falar nos ataques misóginos nas redes sociais e no questionamento constante de sua legitimidade.
O Que Precisa Mudar?
Se o lugar da mulher é realmente onde ela quiser, então as instituições esportivas precisam ir além das campanhas de março e garantir que elas tenham oportunidades reais de liderança. Algumas mudanças essenciais incluem:
• Autonomia e Poder de Decisão: Mulheres em cargos de liderança precisam ter voz ativa e liberdade para implementar suas estratégias, sem serem reduzidas a meros símbolos de inclusão.
• Igualdade Salarial e de Recursos: A equiparação salarial e o investimento real no trabalho de mulheres gestoras são fundamentais para que a liderança feminina seja respeitada.
• Formação e Oportunidades: Programas de capacitação, mentorias e incentivo à participação feminina em cursos de gestão esportiva são passos essenciais para fortalecer a presença das mulheres no comando.
• Mudança Cultural: O futebol precisa rever sua estrutura e cultura para garantir que as mulheres não apenas entrem no sistema, mas também sejam valorizadas e respeitadas dentro dele.
O Dia Internacional da Mulher não pode ser apenas um momento de homenagens vazias e discursos prontos. Se queremos um futebol verdadeiramente diverso e inclusivo, precisamos garantir que as mulheres não apenas participem, mas lidem – com autonomia, respeito e oportunidades reais. Afinal, não basta dizer que o lugar da mulher é onde ela quiser. É preciso deixar que ela assuma o comando.
Março: Além dos Discursos, a Liderança Feminina no Esporte em Foco
Março chega com a onda de homenagens ao Dia Internacional da Mulher, inundando o LinkedIn com discursos sobre empoderamento e igualdade. Empresas, federações e marcas celebram atletas e profissionais do esporte, repetindo o mantra “O lugar da mulher é onde ela quiser”. Mas, por trás das campanhas, a pergunta que ecoa é: como as mulheres estão, de fato, ocupando esses espaços com autonomia e oportunidades reais?
No futebol, e em tantos outros setores, a resposta ainda é desanimadora.
Marketing de Inclusão vs. Prática Real: O Desafio do Tokenismo
Nos últimos anos, o futebol feminino ganhou visibilidade, mas enfrenta barreiras estruturais persistentes. Muitas organizações adotam o discurso da diversidade, mas falham em conceder às mulheres o poder de liderança e decisão. O “tokenismo” se manifesta quando mulheres são inseridas em cargos estratégicos apenas para cumprir cotas ou melhorar a imagem da instituição, sem que tenham autonomia para promover mudanças significativas.
Exemplos dessa inclusão superficial são frequentes: mulheres contratadas para cargos de gestão com orçamentos limitados, decisões contestadas e vozes silenciadas; convidadas para mesas-redondas sem espaço para questionar ou propor mudanças; exaltadas em campanhas publicitárias, mas com salários inferiores e resistência para ascender a cargos de poder.
A Urgência da Liderança Feminina no Futebol
O número de mulheres em cargos de liderança no futebol ainda é alarmante. Poucas são presidentes de clubes, diretoras de federações ou CEOs de grandes organizações esportivas. E quando alcançam essas posições, enfrentam desafios adicionais: precisam provar constantemente sua competência, enquanto seus colegas homens são automaticamente reconhecidos como autoridades.
A cultura machista do esporte impõe obstáculos extras: dificuldades em serem ouvidas em reuniões, resistência a suas ideias e até sabotagem velada, além de ataques misóginos nas redes sociais e questionamentos constantes de sua legitimidade.
Mudanças Necessárias para uma Liderança Feminina Autêntica
Se o lugar da mulher é realmente onde ela quiser, as instituições esportivas precisam ir além das campanhas de março e garantir oportunidades reais de liderança:
- Autonomia e Poder de Decisão: Mulheres em cargos de liderança precisam de voz ativa e liberdade para implementar suas estratégias, sem serem reduzidas a símbolos de inclusão.
- Igualdade Salarial e de Recursos: A equiparação salarial e o investimento real no trabalho de mulheres gestoras são fundamentais para o respeito à liderança feminina.
- Formação e Oportunidades: Programas de capacitação, mentorias e incentivo à participação feminina em cursos de gestão esportiva são essenciais.
- Mudança Cultural: O futebol precisa rever sua estrutura e cultura para garantir que as mulheres não apenas entrem no sistema, mas sejam valorizadas e respeitadas.
O Dia Internacional da Mulher não pode se resumir a homenagens vazias. Se queremos um esporte verdadeiramente diverso e inclusivo, precisamos garantir que as mulheres liderem com autonomia, respeito e oportunidades reais. Afinal, não basta dizer que o lugar da mulher é onde ela quiser. É preciso deixar que ela assuma o comando.