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Donas da Prancheta: O Desafio das Mulheres no Comando Técnico do Futebol Feminino

  • By donasfc
  • 18/03/2025
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O Campeonato Brasileiro que representa a  “elite do futebol feminino brasileiro “está prestes a começar, mas um dado revela um cenário preocupante: das 16 equipes que disputarão a principal liga do país, apenas quatro têm mulheres no comando técnico.

Os números deixam claro que, mesmo no futebol feminino, as barreiras para que treinadoras ocupem cargos de liderança ainda são gigantes. As profissionais que chegam ao topo enfrentam uma realidade de resistência, pouca valorização e desafios dobrados para se manterem no cargo.

As “donas da prancheta” que estarão à frente de suas equipes nesta temporada são:

Jéssica de Lima (Ferroviária)

Camila Orlando (Palmeiras)

Taissan Passos (Grêmio)

Regiane Santos (Sport)

Esse número reduzido reflete um problema global. Segundo o relatório Setting the Pace, da FIFA, apenas 22% das equipes femininas das 86 ligas analisadas no mundo são treinadas por mulheres.

Por que há tão poucas treinadoras no futebol feminino?

Mesmo com o crescimento da modalidade, as mulheres ainda enfrentam desafios estruturais para ocupar e permanecer em cargos técnicos. Entre os principais obstáculos estão:

– Falta de oportunidades – Clubes ainda preferem contratar técnicos homens, mesmo quando há mulheres igualmente ou mais qualificadas.
– Preconceito e estereótipos – A capacidade das mulheres para liderar equipes segue sendo questionada, exigindo delas mais comprovação de competência.
– Dificuldade de acesso à formação – Os cursos de treinadores são caros e pouco acessíveis, além de não incentivarem a presença feminina.
– Desafios na conciliação entre carreira e vida pessoal – A ausência de suporte e políticas de equidade torna o caminho mais difícil para mulheres treinadoras.

O que precisa ser feito?

Se o futebol feminino quer continuar evoluindo, a presença de mulheres no comando técnico precisa ser fortalecida. Algumas ações essenciais para mudar esse cenário incluem:

– Programas de capacitação e mentoria exclusivos para treinadoras, garantindo formação e suporte para ascensão na carreira.
– Incentivo à participação feminina nos cursos de licenciamento da CBF, ampliando o número de mulheres habilitadas a comandar equipes.
– Compromisso de clubes e federações com a equidade de gênero, criando políticas para ampliar o acesso de mulheres aos cargos técnicos.
– Mais visibilidade para as treinadoras que já estão no mercado, para que sirvam de referência para novas gerações.

O Futebol Feminino precisa de mais mulheres no comando

A luta por igualdade no futebol feminino vai muito além das quatro linhas. Se queremos um esporte mais forte, justo e representativo, precisamos garantir que as mulheres tenham espaço não só dentro de campo, mas também na área técnica, onde decisões estratégicas são tomadas.

Fotos-Redes sociais Tecnicas.

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