
O Futebol Feminino brasileiro está ganhando, aos poucos, o reconhecimento que sempre mereceu — e as marcas começam a perceber o potencial transformador dessa modalidade. A recente parceria entre a Koleston e o time feminino do Corinthians, somada à ativação da marca Negra Rosa com o Bragantino Feminino, sinaliza um novo momento: o da conexão entre propósito, representatividade e estratégia de mercado.
No caso da Koleston, a ativação durante o jogo do Corinthians transformou o campo em uma passarela de autenticidade e força feminina. As jogadoras entraram com os cabelos tingidos em novas cores e faixas personalizadas, promovendo não só a marca, mas também a mensagem de que a beleza está nos processos de transformação — assim como o esporte.
Já a Negra Rosa, marca de cosméticos voltada ao público negro e crespo, firmou uma ação com o Bragantino Feminino que vai muito além do patrocínio tradicional. A iniciativa inclui presença de marca nos uniformes, conteúdos sobre autoestima e identidade nas redes sociais, e ativações em dias de jogo. É uma parceria que une valores e dá voz a um público historicamente invisibilizado — dentro e fora do campo.
Essas ações são mais do que campanhas publicitárias. Elas reforçam o interesse crescente de grandes marcas em investir no futebol feminino, que vem atraindo mais público, ganhando visibilidade e espaço nas transmissões de TV. A tendência é clara: mais empresas estão percebendo que apoiar o futebol feminino é uma oportunidade de estar ao lado de narrativas inspiradoras, diversas e profundamente conectadas com os valores do presente.
Investir no futebol feminino não é caridade — é visão de futuro. É reconhecer que há ali uma audiência qualificada, uma base fiel de torcedoras e torcedores, e atletas que são verdadeiras influenciadoras. Clubes como Corinthians e Bragantino estão mostrando que há estrutura, comprometimento e resultados esportivos. Falta agora que mais empresas enxerguem esse potencial e decidam entrar em campo também.
Parcerias como essas não apenas fortalecem os clubes e as atletas, como também constroem marcas mais humanas, engajadas e conectadas com causas relevantes. Que Koleston, Negra Rosa e tantas outras que já começaram esse movimento sejam inspiração para um mercado que ainda precisa — e pode — fazer muito mais pelo futebol feminino.
Porque quando as marcas acreditam, o futebol feminino floresce. E quando ele floresce, o impacto vai muito além dos gramados.
Foto: Divulgacao