
Por Suleima Sena
A Inglaterra criou as regras do futebol como conhecemos. Agora, está mostrando ao mundo como reescrever essas regras para incluir — com força e estratégia — as mulheres.
A temporada 2023-24 da Women’s Super League (WSL) foi histórica: os 12 clubes da liga inglesa ultrapassaram, pela primeira vez, 1 milhão de libras em receita cada um. Ao todo, a WSL faturou 65 milhões de libras — um salto de 34% em relação à temporada anterior. E as projeções para 2025-26 já apontam para 100 milhões.
Esse crescimento não é só sobre números. É sobre visão de futuro.
É o resultado de investimento, planejamento, visibilidade e, sobretudo, valorização de um produto que tem identidade própria — e atrai um público engajado, diverso e em expansão.
Os clubes entenderam que o futebol feminino não é um apêndice, mas uma potência. Arsenal, Chelsea, Manchester United e Manchester City foram responsáveis por dois terços da arrecadação da liga — e têm mostrado, dentro e fora de campo, que quando se leva o jogo das mulheres a sério, o resultado é sucesso.
E por aqui, estamos prontas para aprender com esses exemplos, adaptar à nossa realidade e exigir o mesmo compromisso.
Afinal, o futebol é nosso também.
E quando ele é de todas, ele cresce mais forte.
FOTO Alessandra Tarantino/AP