
É inaceitável que, às vésperas da Copa do Mundo Feminina de 2027, em que o Brasil terá a honra de ser sede, ainda presenciemos discursos e atitudes tão retrógradas sobre o futebol feminino.
Em uma recente entrevista ao jornal O Globo, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, chamou a modalidade de “troço”, demonstrando um desdém que não apenas desvaloriza o trabalho de milhares de atletas, mas também revela uma falta de compreensão sobre a importância da equidade de gênero e o potencial econômico do Futebol Feminino.
Como é possível dialogar com dirigentes que tratam o futebol feminino com tamanho desrespeito? Há um abismo entre a realidade do mercado atual e a visão de certos gestores que, ao invés de impulsionarem a modalidade, acabam por limitá-la.
O mercado do futebol feminino tem se mostrado uma oportunidade crescente, com um público fiel e um potencial de retorno econômico inexplorado. Porém, para capitalizar esse potencial, é fundamental que os gestores tenham uma visão estratégica, que compreendam o valor da inclusão e da equidade de gênero. Isso exige lideranças que não apenas conheçam o futebol feminino, mas que também tenham compromisso com sua valorização.
Suleima Sena
Foto- Miguel Schincariol/AFP
hashtag futebolfeminino hashtag Equidadedegenero hashtag Copadomundofeminina2027