O Grêmio sagrou-se campeão da Ladies Cup ao derrotar o Bahia nos pênaltis neste domingo, no Canindé, em São Paulo. Após empate por 1 a 1 no tempo regulamentar, as gurias gremistas garantiram o título em uma decisão emocionante, marcada por ações de combate ao racismo.
A equipe gaúcha abriu o placar aos 20 minutos do primeiro tempo. Dayana Rodriguez avançou pela direita e cruzou para Maria Dias, que, bem posicionada, cabeceou com precisão, sem chances para a goleira Yanne.
No segundo tempo, o Bahia mostrou determinação e buscou o empate. A equipe criou várias oportunidades até que, aos 20 minutos, Luana encontrou Kaiuska com um ótimo passe. A atacante invadiu a área pela direita e finalizou cruzado, vencendo Vivi Holze para igualar o placar.
A decisão foi para os pênaltis, onde brilhou a estrela da goleira gremista Vivi. Ela defendeu as cobranças de Ângela, Kamile Loirão e Ju Oliveira, enquanto Mila Santos acertou o travessão. Pelo lado do Grêmio, Rita Bove, Raquel Fernandes e Rafa Levis desperdiçaram, mas Dayana Rodriguez e Shashá converteram, garantindo o título.
Ações contra o racismo marcam a final
Além de consagrar o Grêmio campeão, a final foi marcada por manifestações antirracistas. As ações ocorreram em resposta ao episódio envolvendo jogadoras do River Plate na última rodada da fase de grupos, quando a atleta Candela Diaz foi flagrada fazendo gestos racistas direcionados a um gandula. Quatro jogadoras argentinas foram detidas, e também houve denúncias de ofensas raciais contra atletas do Grêmio.
Antes do apito inicial, jogadoras de Grêmio e Bahia entraram em campo carregando uma faixa com a mensagem “Diga não ao racismo”. Representantes dos dois clubes leram um manifesto antirracista, e as atletas formaram uma roda no gramado, levantando o punho cerrado em um gesto simbólico.
Durante a partida, mensagens de apoio à causa foram exibidas nos painéis de LED do estádio, reforçando o posicionamento contra o racismo no futebol.
A conquista gremista foi acompanhada por uma mensagem clara: o esporte é um espaço de inclusão e respeito, onde o racismo não pode ter vez.
Foto : Theo Daolio
