O Angel City FC é o clube de futebol feminino mais valioso do mundo em 2025. A informação é de um levantamento recente da Forbes, que analisou o mercado da National Women’s Soccer League (NWSL) e confirmou a consolidação do futebol feminino como um ativo relevante na indústria esportiva global.
De acordo com a revista, o Angel City foi avaliado em cerca de US$ 280 milhões, liderando o ranking das franquias femininas e simbolizando uma mudança estrutural na forma como o futebol feminino é pensado, gerido e comercializado.
Modelo de negócio explica liderança no valuation
Fundado em 2020 e com sede em Los Angeles, o Angel City FC se destacou rapidamente não apenas pelos resultados esportivos, mas principalmente pelo modelo de governança independente, forte posicionamento de marca e controle de seus ativos comerciais.
Diferente de clubes que operam como extensão de departamentos masculinos, o Angel City foi concebido desde o início como um produto próprio, com estratégia clara de mercado, comunicação e relacionamento com a comunidade.
O clube conta com um grupo de investidores de alto perfil, incluindo executivas, atletas e figuras influentes do entretenimento e do esporte, o que ampliou sua visibilidade global e atratividade comercial.
Dados do mercado reforçam crescimento do futebol feminino
Segundo a Forbes, as 14 franquias da NWSL somam juntas quase US$ 2 bilhões em valuation, com valor médio de US$ 134 milhões por clube. Nenhuma equipe da liga foi avaliada abaixo de US$ 70 milhões, um marco histórico para o futebol feminino profissional.
Nesse cenário, o Angel City aparece como referência de um novo paradigma: clubes femininos com autonomia de gestão, controle de receitas e visão estratégica de longo prazo.
Marca, comunidade e impacto social como ativos
Um dos diferenciais do Angel City FC é a forma como o clube integra esporte, comunidade e impacto social. Parte das receitas de patrocínio é direcionada a iniciativas sociais locais, fortalecendo o vínculo com a cidade de Los Angeles e ampliando o engajamento da torcida.
Além disso, o clube investe fortemente em presença digital, storytelling e ativações comerciais alinhadas a valores como diversidade, equidade e inclusão, fatores cada vez mais relevantes para marcas e investidores.
Comparativo com outros clubes reforça tese da autonomia
O ranking da Forbes mostra que clubes com maior controle sobre seus ativos tendem a alcançar valuations mais altos. Um exemplo é o Kansas City Current, segundo colocado na lista, avaliado em aproximadamente US$ 275 milhões, e que se tornou o primeiro clube do mundo a inaugurar um estádio construído exclusivamente para uma equipe feminina profissional.
Por outro lado, equipes que ainda compartilham estrutura, orçamento e decisões estratégicas com departamentos masculinos aparecem com valores mais modestos, independentemente do desempenho esportivo.
O que o caso Angel City sinaliza para o futuro
A liderança do Angel City FC no ranking de 2025 vai além de um número. Ela sinaliza uma transformação profunda no futebol feminino: autonomia, governança e visão de negócio passaram a ser fatores determinantes de valor.
Para o mercado global, incluindo Europa e América do Sul , o recado é claro. O crescimento sustentável do futebol feminino não depende apenas de investimento pontual, mas da construção de estruturas independentes, profissionalizadas e alinhadas às dinâmicas contemporâneas da indústria do esporte.
Foto: Getty Images




