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Do treino à Glória: Libertadores Feminina 2025 terá mulheres no comando técnico

Libertadores Feminina 2025

Dos 16 times em disputa da Libertadores, apenas dois sul-americanos terão mulheres como treinadoras.

Nesta quinta-feira (2) começam os jogos da Libertadores Feminina 2025, com três times brasileiros representando o futebol brasileiro na competição, sendo eles Corinthians, São Paulo e Ferroviária. Todos os jogos até a final, marcada para o dia 18 de outubro, ocorrerão em Buenos Aires, Argentina, em dois estádios: Nuevo Francisco Urbano, em Morón, e o Florencio Sola, em Banfield. Com isso, 16 times se apresentarão nos dois palcos a partir dessa semana, entre eles, há duas mulheres no comando das equipes. 

Entre 12 treinadores registrados, apenas 2 mulheres estarão à frente das equipes femininas da Libertadores. No Boca Juniors, Florencia Quiñones sempre esteve com o time argentino e chegou ao profissional apenas em 2023. Hoje, Florencia busca o primeiro título da história do Boca na Libertadores Feminina, que disputa a fase de grupos contra Alianza Lima, ADIFFEM e a Ferroviária. 

O Colo-Colo, campeão em 2012, vai em busca do segundo título com a brasileira Tatiele Silveira. No clube a 2 anos, Tatiele fez um campeonato feminino chileno surpreendente, contando 26 jogos e 26 vitórias, e agora disputa o título no grupo C, com o São Paulo, San Lorenzo e Olimpia. 

Tatiele Silveira, técnica do Colo-Colo Feminino
Tatiele Silveira é um dos destaques da Libertadores Feminina 2025 / Foto: Colo-Colo

O futebol feminino, principalmente o sul-americano, ainda segue em busca de novas formações além das jogadoras. É fundamental a participação de mulheres em gestão esportiva, diretorias e comissões técnicas para um maior reconhecimento da categoria e dos clubes, assim como foi o caso da treinadora Lindsay Camila, a primeira treinadora mulher a ganhar uma Copa Libertadores Feminina na história da competição. Lindsay conquistou o título pela Ferroviária, no ano de 2020. 

“Acho que seria muito importante a gente passar a ter mais e mais mulheres no âmbito do futebol feminino, já que para a gente, no masculino, a briga é muito difícil. Então, que possamos ter cada vez mais mulheres formadas, instruídas para estar comandando as equipes no cenário nacional e, lógico, internacional.” – comentou Lindsay Camila sobre o movimento de mulheres no futebol.

Lindsay Camila foi a primeira mulher a ganhar a Libertadores Feminina com treinadora
Lindsay Camila foi a primeira treinadora mulher a ganhar a Libertadores Feminina / Foto: CONMEBOL Libertadores Femenina

A treinadora serve de inspiração às mulheres que objetivam conquistar espaço no futebol feminino e até nas categorias masculinas, como o caso de Miriam Fonte, ex-presidente do CSA, que até pouco tempo esteve no cargo superior, Leila Pereira, grande nome do Palmeiras, e Marianna Libano, a primeira presidente mulher do Coritiba, eleita no final de 2024. 

Lindsay destaca a importância do distribuimento de estudo e inspiração para futuras profissionais do futebol com o objetivo da ocupação de mais mulheres no cenário esportivo. Na Libertadores, o incentivo deve ser compreendido pelos clubes como uma oportunidade de ampliar horizontes não apenas para as jogadoras, mas também para gestoras, diretoras, treinadoras, auxiliares e outras profissionais do futebol.

 

Foto: Bruno Teixeira / Agência Corinthians

Isadora Leocardio

Jornalista e repórter no DONAS FC. Acompanho e produzo conteúdos sobre futebol feminino com foco em análise, cobertura de jogos e histórias inspiradoras das atletas. Apaixonada pelo esporte, contribuo para o crescimento e a visibilidade do futebol feminino no Brasil e no mundo.

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