A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que o calendário do futebol feminino sofrerá modificações. A medida segue o que foi feito na última semana com o calendário masculino, que teve a organização de jogos alterada e a criação de novas copas regionais (Sul-Sudeste, Centro-Oeste e Norte).

Contudo, o novo formato ainda não foi divulgado. A indefinição frustra a categoria e aumenta a pressão sobre a entidade. Nas últimas temporadas, a CBF recebeu diversos questionamentos e sugestões de atletas, clubes e profissionais sobre a organização dos campeonatos e a necessidade urgente de mais visibilidade.

Entre as principais demandas estão:

A melhor distribuição de datas entre eventos nacionais e internacionais (como competições da CONMEBOL e estaduais, que historicamente ocorrem no segundo semestre).

A busca por melhores horários e locais para os jogos, visando maior público e melhores condições de transmissão.

A ampliação de campeonatos, maior cooperação entre base e profissional, e a atração de patrocinadores e público.

 

O Calendário Atual: Um Mosaico de Datas

Atualmente, a CBF mantém 8 competições no futebol feminino brasileiro, sendo 5 delas para o nível profissional. A alta concentração de jogos em um curto período é um dos pontos mais criticados:

Supercopa Feminina: 9 a 16 de março

Brasileiro Feminino A1: 23 de março a 14 de setembro

Liga de Desenvolvimento (Sub-16 e Sub-14): 28 de março a 3 de abril

Brasileiro Feminino A2: 19 de abril a 30 de agosto

Brasileiro Feminino A3: 26 de abril a 16 de agosto

Copa do Brasil Feminina: 14 de maio a 19 de novembro

Brasileiro Feminino Sub-20: 5 de junho a 21 de agosto

Brasileiro Feminino Sub-17: 7 de junho a 16 de agosto

 

Falta de Planejamento Prejudica a Categoria

Embora a Confederação tenha avançado em aspectos como profissionalização, novas competições e implementação de tecnologias, o futebol feminino brasileiro ainda enfrenta sérios problemas estruturais e organizacionais.

O calendário indefinido para a próxima temporada é o exemplo mais recente. A demora na divulgação das datas gera dificuldades para atletas, clubes e profissionais, comprometendo o planejamento tático, financeiro e de pré-temporada.