
Por: Isadora Leocardio
Em evento promovido pela Federação Paulista de Futebol, a entidade e o Unicef assinaram uma parceria inédita que une o esporte e a responsabilidade social infantil.
Nesta segunda-feira (8), a FPF (Federação Paulista de Futebol) e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) anunciaram um acordo inédito entre uma instituição esportiva brasileira e uma organização da ONU. Essa aliança prevê a união do futebol com a ética social em relação à proteção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes no meio esportivo.
O tratado, com duração até o final do ano de 2028, estimula ações com abordagens fundamentais sobre o desenvolvimento infantil, como o acesso à educação, promoção da infância antirracista e o enfrentamento de impasses, como a violência e desrespeito. Para isso, a FPF e Unicef irão desenvolver nos próximos três anos de acordo campanhas de conscientização, projetos de arrecadação voltados ao desenvolvimento de crianças e adolescentes e empreendimento em iniciativas educacionais.

O objetivo é mobilizar clubes, atletas, torcedores e todos da rede de competições da FPF para ambientes mais solícitos, seguros e acolhedores para meninas e meninos dentro e fora dos campos, principalmente dos que praticam futebol. A FPF tem registrado quase 15 mil crianças e adolescentes a partir dos 11 anos de idade que participam de projetos vinculados à instituição. Entre elas, meninas que sonham alto na hora de entrar no campo.
Além de ser uma prática esportiva, o futebol abre portas para debates como democracia e inclusão, assim como funciona nos projetos voltados às categorias femininas. Com essa união da FPF e Unicef, a defesa de crianças e adolescentes do gênero feminino é verificada com mais atenção e simboliza mais um progresso do futebol feminino no esporte.
“Eu acho que se a gente pegar, por exemplo, a história do futebol feminino com essa proibição de 40 anos das meninas de jogarem futebol no Brasil, pensando que a gente vai ter uma Copa do Mundo em 2027, eu acho que é o momento ideal para a gente dar visibilidade ao futebol feminino, a gente trabalhar para cada vez reduzir essas barreiras de discriminação que ainda existem no nosso país.”
“A Copa do Mundo [Feminina] representa uma grande oportunidade e a gente está feliz demais de chegar num momento como esse, tendo essa parceria com o Unicef, porque vai fortalecer muito a nossa atuação com relação a essa questão do futebol feminino, uma pauta que a gente tem tanto carinho aqui na Federação.” – declarou Mauro Silva, o vice-presidente da FPF
Para as meninas e mulheres, a equidade e respeito se torna mais um tratado para o desenvolvimento social infantil. Dentro das quatro linhas, é com muito trabalho que as medidas e proteções em prol de garotas que sonham em se tornarem jogadoras irão impedir obstáculos e fragilidades contra meninas e mulheres, sendo importante promover ainda mais campanhas e parcerias que visam cuidados com essa parcela de jogadoras.
Foto: Divulgação / FPF