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Mirassol planeja time feminino ‘próprio’ para 2026 e descarta possibilidade de parceria

Obrigatoriedade da Conmebol para disputa de torneios continentais acelera a criação de novo departamento no clube

Com a vaga garantida na série A do Brasileirão masculino, o Mirassol planeja ter uma equipe feminina para a próxima temporada. De acordo com a apuração do Campo Delas, o clube estruturará um departamento próprio voltado exclusivamente para o novo projeto, sem firmar parcerias com outras agremiações da região. 

“Sobre o feminino, o Mirassol vai ter um time próprio e, para isso, vai criar um departamento do zero para cuidar dessa questão e organizar tudo sobre essa novidade. Parcerias estão descartadas”, informou o clube.

A criação de um time feminino atende a uma exigência da Conmebol, que desde 2018 determina que os clubes participantes de torneios continentais mantenham ou se associam a equipes femininas ativas.

No momento, o Leão ocupa a quarta posição no Campeonato Brasileiro, somando 59 pontos, posição que garante vaga direta na fase de grupos da Libertadores e, mesmo no cenário menos favorável, o clube já assegurou presença na próxima edição da Copa Sul-Americana.

POSSIBILIDADE DE PARCERIA

Estádio do Mirassol |
Estádio do Mirassol / Foto: Divulgação / Instagram

Uma das possibilidades avaliadas pelo clube era uma parceria com outro clube próximo, o Realidade Jovem, de São José do Rio Preto, cidade a cerca de 15 quilômetros de Mirassol, que havia demonstrado interesse em se associar ao Leão, o que acabou não acontecendo.

As parcerias entre grandes clubes de futebol (geralmente masculinos) e equipes femininas já existentes são um fenômeno estratégico, acelerado por uma combinação de obrigações regulatórias e a busca por eficiência no desenvolvimento da modalidade.

Um exemplo notório que já ocorreu foi a parceria de sucesso entre Corinthians e Audax em 2016/2017, que resultou em títulos e pavimentou o caminho para o time feminino do clube alvinegro se tornar uma das maiores potências da modalidade.

Em suma, a parceria é uma solução de transição rápida e inteligente. Ela permite que um clube tradicional cumpra as regras, adote um projeto que já funciona e ganhe competitividade rapidamente, ao mesmo tempo em que o time parceiro recebe o suporte financeiro

ENTENDA OBRIGATORIEDADE DA CONMEBOL

Taça Conmebol Libertadores / Foto: Divulgação / Instagram

Desde 2018, a Conmebol exige que todos os clubes participantes de suas competições masculinas tenham uma equipe feminina própria ou associada. A medida faz parte do novo estatuto e regulamento de clubes publicado em 2016, que passou a ser aplicado de forma efetiva a partir de 2019.

O regulamento determina que:

“O solicitante (à licença) deverá ter uma primeira equipe feminina ou associar-se a um clube que possua o mesmo. Além disso, deverá ter pelo menos uma categoria juvenil feminina ou associar-se a um clube que possua. Em ambos os casos, o solicitante deverá prover suporte técnico, equipamento e infraestrutura necessária para o desenvolvimento de ambas as equipes, com participação em competições nacionais e regionais reconhecidas pela respectiva associação membro.”

A exigência levou os clubes da Série A do Brasileirão a se movimentarem nos últimos anos para se adequar, e agora o Mirassol segue o mesmo caminho. A equipe está na quarta colocação do Brasileirão masculino e próximo de confirmar vaga na Libertadores.

O Mirassol não divulgou informações sobre o orçamento destinado ao novo departamento feminino nem sobre possíveis contratações para a comissão técnica e elenco da equipe que será formada.

Foto: Divulgação / Agência Mirassol

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