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Refletindo sobre discursos machistas e o nosso compromisso com a mudança no futebol, a partir do comentário do técnico Ramón Diaz

“Futebol é para homens, não para mulheres. Para homens.” Essa foi a frase dita pelo técnico Ramon Diaz, do internacional, em uma coletiva de imprensa pós-jogo. Uma frase curta, mas carregada de tudo o que o futebol brasileiro precisa superar.

Poderia ignorar, fingir que não ouvi, porque já são anos ouvindo o mesmo tipo de discurso machista, misógino, ultrapassado.

Mas é justamente por isso que precisamos falar. Porque esse tipo de fala não é apenas uma opinião infeliz: é um reflexo de uma estrutura que adoece, que mata todos os dias, e que reforça a cultura que faz do Brasil um dos países com os maiores índices de feminicídio do mundo.

Quando alguém com voz pública, dentro do futebol, diz algo assim, não está só desrespeitando mulheres, está legitimando a exclusão, o preconceito e o retrocesso.

Mas nós seguimos. E seguimos mais fortes. Porque cada vez que um homem diz que “futebol é para homens”, nós respondemos com presença, competência, estudo e paixão. Seguimos ocupando espaços, liderando projetos, transformando o futebol em um ambiente onde o talento e o caráter importam mais do que o gênero.

Que essa fala sirva não como ofensa, mas como combustível. Porque o futuro do futebol é coletivo. E o futebol, ao contrário do que ele disse, é para todos.

Imagem: Reprodução redes sociais.

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