
Por: Daniela Santos
Nesta quinta-feira, 10, aconteceu na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF) o evento ‘Mais Energia para Elas’, que celebra a parceria entre a entidade e a Petrobras, que patrocina o futebol feminino e tem o intuito de ajudar no crescimento da modalidade no país.
Durante o evento, Alessandra Teixeira, gerente de patrocínio da Petrobras, falou sobre a decisão da empresa de apoiar o futebol feminino. “A Petrobras é uma empresa de energia que acredita na energia do futebol feminino. A gente vê o nosso investimento no futebol feminino como uma forma de reafirmar o compromisso da Petrobras com a igualdade de gênero, com a diversidade, com a inclusão, porque a gente está falando de um esporte que reúne todas essas condições, que reúne todos esses valores, que são estratégicos, que são compromissos da empresa”, afirmou.
“Acima de tudo, com a Federação Paulista, encontramos um caminho muito forte, um caminho que tem feito muitas conquistas, que tem trazido muitas conquistas para nós. Tivemos o ano passado uma caminhada. Esse ano a gente vem novamente. Essa caminhada ganha reforços esse ano, né? Estamos aí nas competições, mas também a gente tá falando de formação de atletas, de formação de profissionais que trabalham com o futebol. A gente tem muitas iniciativas”, acrescentou ela, citando a Caravana Petrobras e o Cartola Feminino, em parceria com a Globo. “Eu ouvi uma frase muito forte que é: ‘O futebol feminino, ele já está acontecendo. Ele não vai acontecer, ele já está acontecendo’. Mas a gente precisa impulsionar ainda mais”, completou.
Kin Saito, diretora-executiva do Departamento de Futebol Feminino da Federação Paulista de Futebol (FPF), também celebrou a renovação da parceria com a Petrobras e ressaltou que o investimento ajuda a melhorar a modalidade, já que agora tem competições sub-15, sub-17, sub-20, ajudando na formação das meninas.
“A partir do momento que tem tanta gente boa numa mesa pensando em várias iniciativas, sejam elas que vão impulsionar as competições, e a gente sabe a importância desses campeonatos. O clube precisa ter o que jogar e com qualidade, a atleta precisa ter o clube no dia a dia desenvolvendo esse trabalho. E poder ver uma série de outros projetos, sejam eles de ordem de capacitação ou de projetos que vão impulsionar o futebol feminino na base, na formação, no seu alto rendimento. Então, dimensionar um pouquinho a tradução do que às vezes esses protocolos e as formalidades, no fundo, tem uma relação muito direta com o tamanho do impacto que a Federação causa, ainda mais tendo a Petrobras do lado”, disse ela.
Investimentos
Ainda durante o evento, que contou com a presença da imprensa, Alessandra Teixeira falou sobre como a Petrobras está contribuindo para o desenvolvimento do futebol feminino. Além do patrocínio para Federação Paulista, a empresa, junto a Ferroviária, está auxiliando a criação de um Centro de Treinamento e Desenvolvimento do Futebol Feminino em Araraquara. A gerente divulgou que foi disponibilizado R$ 50 milhões para gastar com a modalidade.
“Nosso investimento hoje, no patrocínio do futebol feminino e projetos, ele é da ordem de R$ 50 milhões. Não necessariamente com desembolso só esse ano, temos projetos com uma continuidade maior”, revelou Alessandra. “É o maior patrocínio da história, a gente fica muito feliz com isso”, completou Kin.
Nuéli Silveira, diretora das Guerreiras Grenás, falou sobre a importância do centro de treinamento para dar mais segurança as atletas. “Para além do futebol, vai ter o desenvolvimento para essas jovens jogadoras de toda parte desportiva, de todo cuidado que a gente vai ter de saúde da mulher, de desenvolvimento delas enquanto cidadãs, uma formação integral, e um espaço seguro para que elas tenham todo esse amparo para que elas possam se desenvolver”, explicou ela, contando que o espaço também servirá para formar profissionais como técnicas, auxiliares, preparadoras e árbitras. “O desenvolvimento se dá de várias formas.”
“Eu tenho certeza que isso vai ter uma representatividade muito grande para outros projetos também, para que de fato a gente desenvolva esse fomento e esses espaços para mais lugares e mais regiões do Brasil. A Copa do Mundo aqui no Brasil, ele é um marco, mas a gente tem que dar continuidade e olhar para o futuro, onde a gente vai trazer e construir novas jogadoras, formar novos profissionais. Eu tenho certeza que esse espaço, ele vai propiciar muito para que essas meninas, para essas mulheres, para essas gestoras, para que todo todos em volta aí nessa cadeia possam crescer e se espelhar”, completou.
Fotos: Rodrigo Corsi -Ag.Paulistao